14/10/10

VESTIDA DE SAUDADE


Deita-se comigo e envolve-me em seus braços lânguidos.

Deixo-me levar e adormeço. Agasalha-me a noite e persegue nos sonhos alvos.

Acorda-me sussurrando ao ouvido palavras de amor e nem dou

conta que dela me visto.

Eis que olho para o espelho e uma lágrima desliza em meu rosto sereno.

Vejo-te reflectido em mim.

Afinal a saudade penetrou em meu corpo e dela faço minha vida.


4 comentários:

ruy-barros disse...

A saudade tem, pelo menos, um lado positivo... o reencontro. Parabéns pelo lindo poema!

patricia disse...

Avassalador, este teu poema, amiga! Tal como a própria saudade...

_ disse...

Como é bom sermos diversos! Como é bom ler um poema com o português luso e ver as diferenças dele para a escrita brasileira. Depois também podemos compará-lo com o português da África - tantas formas de expressão! Agradeço a internet por poder acompanhar você diretamente da pátria da língua!

André Salviano disse...

"Em teus braços me perdi em abraços que nunca esqueci. O bom da saudade é mata-la vez em quando."

Porque o meu #curtaconto tem a ver com teu texto, e porque dele pude vestir.

Um brinde a saudade.

beijos cariocas
@paraquenomes

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