Como um bando de gaivotas que golpeia o céu escuro de inverno,
estou eu sem ti na lonjura do destino, sinto-me amordaçada.
Quero viver uma história de amor, onde tu e eu
rompemos a noite e viajamos pelo dia fora.
Ao entardecer nos acariciamos delicadamente e
nossas mãos se tocam e abres minhas asas de borboleta uma a uma.
Subtilmente me possuis e misteriosamente fecho-te em minha alma.
Nossos corpos tornam-se inúteis e se fundem.
Surge um céu azul de um amor puro.
Partimos ao amanhecer para o sono que nos espera faminto e nos leva o sonho.
Teimosos, reencontramo -nos no limbo da realidade.
Guardo as gotas doces que nossos olhos deixam na hora da despedida.