30/06/10

BORBOLETA

Todos os dias me invento e saio do meu casulo.

Transformo-me numa borboleta de cores delicadas

e poiso nas flores mais adocicadas e mais dóceis.

Reparto entre elas o meu amor e carinho e sorvo-lhes

o âmago e suas essências.

Não sou de ninguém, sou do mais belo infinito onde o

amor é o deus-maior.

Nasci para que se lembrem sempre de mim. Do veludo das

minhas asas com que acaricio os poetas, do sabor a framboesa do meu

néctar com que brindo os mortais e das minhas palavras meigas com

que embelezo a vida.

Serei sempre a menina da braboleta!


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