19/05/10

LUXÚRIA

Admirava a luz branca da lua quando te vi na penumbra
de vestes transparentes vi teu corpo alvo e desejei-te.
Sonhei com as tuas mãos em meu corpo e meus lábios nos teus.
Destas cândidas luxúrias brotou minha vontade de não acordar.
De olhos completamente cerrados, vi-te claramente
nossos corpos colidiram, numa surda explosão.
Embriagados pela paixão, fomos além do prazer.
Banhei-me em ti e no teu sabor agridoce mas sensual.
Exploraste meus recantos e saíram de meus poros ardentes gotas de prazer.
Entrelaçamos as nossas almas e num perfeito sincronismo... suspiramos juntos.
Nossos desejos encontram-se e é tamanho deleite que nossos corpos se entendem
e tornam-se um bálsamo para a alma.
Possuímo-nos veemente!
Repicam os sinos e envergonham-se as estrelas!
Mente-me! Fria realidade, se tudo é apenas um sonho, mente-me... não permitas que
acorde... não, agora.
Envolvo-te com a minha mentira lânguida e devasso tua intimidade...
Beijos molhados e caricias inconfessáveis, unem-se, fundem-se... somos um,
novamente.

(Poema escrito em parceria com Ruy Barros para a 2ª edição da Revista Contra-Corrente
http://pt.calameo.com/read/0002069324667d7c8d00e )

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