02/03/10

POETA

O poeta admira o amanhecer,
Inala o perfume do muget e das glicínias.
Olha para o céu, vê as imagens que o atormentam,
Não são mais do que as ninfas que o acompanham.
Recolhe-se e pela face caem gotículas de volúpia.
Oh! Destino este! Umas vezes Orfeu outras vezes Hades.
Mas, chega a noite. A calma, a paz, o silêncio e a solidão.
O poeta toca nas palavras, mistura-as na paleta da sua imaginação.
E gentilmente colore o mundo inteiro com a sensibilidade e angústia.
Mostra-se ao universo, misterioso e frágil.

1 comentário:

Manuel Pintor disse...

Linda e rica definição!
Tu percebes do que falas, poetisa!

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