10/05/15

GESTOS


Tens no rosto a doçura das camélias e nas mãos a ternura da madressilva.
O olhar de candura que me rodeia e me orienta na brandura dos dias passados ao redor das palavras. 
Acolhes-me em sonhos e abrigas os meus medos que não o sabes que os tenho. Adormeces o meu futuro que começa hoje sob estas letras de fadiga. 
Entregar-me-ia ao teu rumo sem bússola pois guiar-me-ias, mas a vida não me pertence, somente. 
Resta-me a presença intemporal do teu bem querer que me protege.



Arte de Claude Theberge

3 comentários:

Vulturland disse...

Um poema sublime e avassalador. Adorei.

Ruy Barros disse...

Bonito, tanto o texto como a ilustração.

elisabeth disse...

...especial, completo!parabéns!

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