22/04/10

SELENE

O sol mancha de escarlate o céu da tarde e
um cheiro a terra molhada paira no ar.
Vejo-te ao longe...devagar chegas até mim.
Embaraço-me com teu olhar penetrante e insensato
que desnuda minha timidez que protege o meu vil desejo.
Condeno minhas fantasias e veleidades em possuir-te.
Mas cedo e permito que me seduzas com teu pó de magia.
Ali mesmo,com a benção de Selene,poisamos nossos lábios
perfumados e aveludados em nossos corpos sedentos de amor.
Oh!Que infâmia querer e não querer!Desejar e ter!
Envenenas-me com teu sabor a pinho,subjugas-me com teu porte
altaneiro e despojas-me de meu pudor.
Finalmente rendo-me a ti e entrego minha alma que levas como troféu.

1 comentário:

M. M. Soriano disse...

Alta Poesia!

Profunda como o universo da autora.
Sentimentos que se traduzem...
Letras que devem ter nascido do casamento secreto entre o D'oro e um doce coração de ouro fino...

Bjs e "Ave, Poeta!!!!"

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